Quem nunca viu um episódio sequer de “Arquivo X”? Quem não conhece Fox Mulder e Dana Scully? Para cada um que levantar a mão com essas duas perguntas, certamente haverá outros dez que terão visto todos os 198 episódios da série, e que olharão para o pobre infeliz de mão levantada com olhares incrédulos – é difícil encontrar legião de fãs mais fiel e inveterada que aqueles de “Arquivo X” (único exemplo que ainda salta à cabeça são os Trekkers – muitos deles, inclusive, fissurados também no concorrente).
O seriado de ficção científica (e paranormal) durou ao todo nove anos, tendo sendo escrito e dirigido por um sem número de autores e diretores diferentes, mas sempre centrados em seus dois personagens principais, os agentes do FBI Fox Mulder (que acredita piamente em eventos paranormais, em extraterrestres e em campanhas governamentais para esconder a “verdade”), interpretado por David Duchovny, e Dana Scully (diametralmente oposta, uma médica absolutamente cética), interpretada por Gillian Anderson. E sempre manteve o padrão de qualidade, tornando-se uma espécie de “Além da Imaginação” moderno. Atestando este padrão de qualidade há a incrível quantidade de fãs assíduos no mundo inteiro, bem como a enorme quantidade de prêmios recebidos: foram nada menos que 210 indicações aos mais variados prêmios, tendo ganho 68 – incluindo aí treze Emmys técnicos (a produção do seriado, especialmente a maquiagem e os efeitos visuais, sempre foi considerada um dos seus maiores trunfos) e três Globos de Ouro de melhor série dramática (sem contar que, em 1997, levou o “Tríplice Globo de Ouro”, vencendo os prêmios de melhor série, melhor ator e melhor atriz – drama).
Tanto que é uma das séries de televisão com maior número de produtos comercializados mundialmente. É incrível a quantidade de artigos de vestuário, broches, cartazes, jogos, etc. com o logotipo, fotos de Mulder e Scully ou simplesmente bordões da série (o mais famoso deles é o título desta coluna – no original, “The truth is out there!”), que ainda são vendidos hoje, mais de seis anos após o fim do programa. E ainda hoje gera novos frutos: o filme “Arquivo X – Eu Quero Acreditar” foi lançado em 2008! Nele, os heróis da série voltam à atividade (e às telas) para investigar um misterioso desaparecimento de mulheres na Virginia (interior dos Estados Unidos), onde as únicas pistas são os restos mortais humanos jogados ao longo da auto-estrada e as visões questionáveis de um padre.
Curiosidade: ao contrário das expectativas, Gillian Anderson só emplacou um único papel de renome e sucesso após o final de “Arquivo X”: a Sarah Merrit, de “O Último Rei da Escócia”. Enquanto isso, David Duchovny conseguiu emplacar a série de sucesso “Californication”, que já caminha para sua segunda temporada. No entanto, foi internado no ano passado em uma clínica para viciados em sexo...
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